quinta-feira, 26 de abril de 2012

Japoneses revelam o segredo da longevidade




Estudos recentes comprovam que o Japão é o país com maior índice de longevidade do mundo, abriga 40 mil centenários, em uma população de 120 milhões, a maior parte está em Okinawa, ilha localizada ao sul do país. Especialistas atribuem essa expectativa a um cardápio rico em soja e vegetais, o que garante vida longa e saudável.


Okinawa é o lugar onde se consomem mais algas, além de grande quantidade de tofu e nato, que contém soja. O prato nacional da ilha é o goyaa champuru, mistura cozida de carne de porco, ovos, grãos e goyaa – vegetal local rico em polifenol, substância que retarda o envelhecimento das células. Outra curiosidade de Okinawa é a maneira como os idosos lidam com o estresse, fortes laços sociais e o espírito comunitário garantem uma maneira positiva de conviver em sociedade.


Segundo o Dr. Yukio Yamori, mestre honorário da Universidade de Kioto e diretor do Centro Colaborador de Pesquisa em Prevenção de Doenças Cardiovasculares da OMS (Organização Mundial da Saúde), os habitantes vivem em média 81 anos, sendo, os homens, 77, e as mulheres 84. “Mulheres vivem mais devido aos fatores genéticos e menor prática de hábitos degenerativos, como, fumar e consumir bebida alcoólica”, diz. O especialista ainda informa que a centenária mais idosa é uma mulher, com 114 anos e mora na ilha de Okinawa, enquanto o homem mais velho tem 112 anos.


Yamori alega que o segredo da longevidade japonesa está na alimentação, o baixo consumo de calorias reduz os efeitos negativos dos radicais livres, moléculas que agem no organismo e que estão envolvidas nos efeitos degenerativos do envelhecimento, incluindo câncer e problemas do coração. A reduzida mortalidade por problemas cardíacos em idosos é explicado pelo baixo consumo de colesterol ruim, abundante na carne vermelha, laticínios e manteiga. 


De acordo com pesquisas informadas pelo Consulado Geral do Japão, tofu e derivados de soja contém fitoestrógeno, hormônio que reduz a incidência de câncer de mama, próstata e doenças do coração. O consumo freqüente de nato ajuda a dissolver os coágulos e acúmulos de colesterol na circulação sanguínea, prevenindo derrames e ataques cardíacos. Mulheres que tomam missoshiro (derivado da soja) em todas as refeições têm 40% menos chances de desenvolver câncer de mama. Essa quantidade equivale a um dia da dieta japonesa à base de arroz, peixe, legumes, verduras, soja e algas.


 A operadora de telemarketing Yoko Oishi, 27, que reside em Kashima, norte do Japão, trabalha treze horas por dia, e mesmo assim possui hábitos que contribuem para manter o corpo e a mente saudáveis. Ela evita comer muito, principalmente no jantar, onde prefere fruta ou algo leve que não contenha carboidratos, fica longe de restaurantes fast-food e troca refrigerante por água, suco ou chá verde. Além disso, no almoço toda a sua família faz um cardápio seguindo a tradição da culinária japonesa, abusam de peixe, grãos e derivados de soja. “Eu sigo os costumes dos meus pais, pretendo viver muito tempo, minha avó tem 89 anos e aparenta ser bem mais nova”, completa. 


Uma ótima opção para quem pretende viver mais é optar pela dieta japonesa, o Dr. Yamori afirma que hábitos alimentares saudáveis compensam no futuro, certamente não há uma receita capaz de rejuvenescer, mas oferece uma dica infalível: O arroz deve ser o alimento básico, fornecendo metade das calorias necessárias. Para acompanhar o cereal, deve-se consumir peixe ou frutos do mar, 100 gramas por dia. Se o cardápio for de legumes, deve-se ingerir 350 gramas diariamente.

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