quinta-feira, 26 de abril de 2012

População produz 50 mi de toneladas de lixo por ano

Nos últimos anos, a humanidade produziu mais lixo do que em toda a história evolutiva do planeta, segundo pesquisadores da Califórnia, nos Estados Unidos. A ONU - Organizações das Nações Unidas - informa, em documento oficial aos países membros, que a cada ano são gerados no mundo, 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico. Além desse tipo de material, latas, vidros, pilhas, óleo de cozinha e até remédios, fazem parte da lista dos itens que contribuem para a poluição atmosférica.

Uma das maneiras mais eficazes e simples que a população pode fazer para ajudar a preservar o planeta e evitar os danos ambientais é descartar corretamente o lixo.
           
Para a pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Ângela Cássia Rodrigues, os resíduos de equipamentos eletrônicos contém elementos tóxicos e cancerígenos. “Sua disposição no solo, em aterros ou lixões é prejudicial à segurança e à saúde do meio ambiente”, explica. Para evitar esse problema é necessário que a população descarte-os corretamente, separando esse lixo e levando-o a um posto de coleta seletiva. “Existem inúmeros lugares, entre eles, farmácias, empresas, ONGs, instituições, entre outros, que recebem o material e dão o fim apropriado”, diz a pesquisadora.
           
Já o óleo de cozinha, descartado de maneira incorreta, polui até 25 mil litros de água, de acordo com pesquisa realizada pela Nielsen. Muitos países como Holanda, França, Espanha, Bélgica e EUA, possuem recomendações oficiais para o descarte de óleos e gorduras fritas. Em São Paulo, o volume mensal de compra do produto é de mais de 20 milhões de litros, segundo a companhia.
           
O óleo prejudica o funcionamento das estações de tratamento de água e entope os canos, criando uma barreira quando chega a rios e mares, o qual bloqueia a oxigenação da água. Para o descarte correto, a população deve procurar postos de coleta seletiva, muitas vezes, os mesmos lugares que também aceitam o lixo eletrônico. 
           
O descarte aleatório de medicamentos vencidos, em desuso ou sobras são feitos por grande parte das pessoas em lixo comum ou na rede pública de esgoto, trazendo como conseqüência a agressão ao meio ambiente, contaminação da água e do solo, e risco à saúde das pessoas que podem reutilizá-los. Uma dica do portal Ecycle, especializado em reciclagem e Meio Ambiente, é não despejar os medicamentos e outros itens tóxicos no ralo ou em vasos sanitários, pois eles podem contaminar águas, mesmo nas cidades com usinas de tratamento. “Os laboratórios e postos de saúde são responsáveis pelo descarte apropriado dos remédios. Algumas farmácias também recolhem os produtos”, informa o portal.
           
Além desses itens, as pilhas, baterias (que também entram no segmento de equipamentos eletrônicos) apresentam um grande perigo quando descartados incorretamente. Na composição desses materiais são encontrados metais pesados como cádmio, chumbo, mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde humana. Se vazar o líquido interno que envolve esses objetos, ele se acumula na natureza, envolvendo os lençóis freáticos e prejudicando a agricultura, além de oferecer alto risco à saúde das pessoas. Como já diz a legislação, o que não pode ser feito, é descartá-lo no lixo comum. Já existem leis que obrigam os fabricantes a receberem de volta pilhas e baterias para dar o destino adequado.
           
A dona de casa, Maria Irene Silva, afirma que após que começou a praticar todos esse hábitos, há cerca de 6 meses, sente-se uma pessoa mais “sustentável”. Silva diz que separa todo o tipo de lixo de sua residência em latas com cores específicas e dá o destino certo a cada um deles. “Nós já jogamos o lixo no compartimento correto, fica muito mais fácil de darmos o destino correto a cada um”, explica. 
           
Segundo a dona de casa, o que falta para a população adotar esses hábitos é a estimulação por parte do governo. “Não vejo muitas campanhas sobre o tema. Todos podem praticar ações simples sustentáveis que fazem toda a diferença para o planeta, principalmente a longo prazo”, argumenta.

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